quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Resenhas: Filmes

Made in Britain - Filme clássico da década de 80. Cultuado por muitas pessoas. Made in Britain relata a história de Trevor um jovem skinhead de 16 anos abandonado pela família, rebelde, violento e sem nenhum respeito a qualquer autoridade. Passa o seu tempo roubando carros e em atos de vandalismo, esperando sentado em centros de detenção enquanto aguarda o seu futuro destino. Enquanto alguns tentam ajudá-lo a se adaptar as normas da sociedade, ele responde com desprezo e discursos cheios de Ódio. Particularmente não gostei muito desse filme, mas vale a pena assistir principalmente para quem curte filmes skins. Pontos fortes do filme: folgado ao extremo o personagem chega a ser engraçado, e as cenas de VIOLENCE são foda.

16 ANOS DE ALCOOL - Filmado em Edimburgo durante três períodos diferentes da vida de Frankie Mac. O filme transmite o desafio da consciência de um homem em busca de esperança. Durante a infância, passando pela a adolescência até à idade adulta Frankie Mac observa o mundo à sua volta a afundar-se numa espiral de álcool e violência enquanto lidera  uma gangue, onde os interesses são música, roupa e violência. Recomendo a todos os apreciadores do bom cinema e da cultura skinhead a ver este filme. Depois de lerem a história acima colocada, vou então acrescentar alguns pontos de interesse: Na realidade o filme retrata a vida (até à idade adulta) do vocalista da famosa banda punk rock 'The Skids'. A trilha sonora vai desde o Skinhead Reggae (Skinhead Moonstomp e Skinhead a Bash Them), passando pelo Rock, Punk (Iggy Pop) e música Celta. 16 Anos de Álcool não é um filme sobre skinheads. É um excelente filme, que ganhou uma série de prêmios em festivais de cinema, que se desenrola entre os anos 60 e 80 numa cidade predominantemente operária, onde tiveram origem muitas das culturas urbanas do fim do século passado, e logo é natural que a presença da cultura skinhead seja muito forte.
(Adaptado da sinopse tirada do blog skin: http://cropn1.blogspot.com/2006/05/16-anos-de-lcool-e-wassup-rockers.html )

Os Bons Companheiros - Filme das antigas. Esse é para quem curte filmes de mafiosos. Baseada em fatos reais, esta é uma obra-prima dirigida por Martin Scorsese (Taxi Driver, Os Infiltrados, e outros), conta a história Henry Hill (Ray Liotta) norte americano meio italiano, meio irlandês, que aos 12 anos inicia sua carreira de gangster, sendo apadrinhado por marginais poderosos não pertencentes a Máfia . Henry com o tempo vai ganhando a confiança e o respeito dos chefões, e automaticamente se metendo em negócios cada vez maiores e mais arriscados.  Um retrato extremamente violento da organização. Muito foda. Vale a pena ver.

Show de Truman - Contra-indicado para fãs de realitys shows tipo BBBosta. Esse filme fala da vida de Truman Burbank que vive em uma pacata cidade litorânea,  trabalhando em uma empresa de seguros, com um casamento aparentemente feliz e com amigos e vizinhos que gostam muito dele. A única coisa que difere Truman dos outros norte-americanos classe média é que a única coisa real que existe na cidade é ele mesmo. Todo o resto, desde as pessoas mais próximas até os pedestres, são atores contratados para dar-lhe a ilusão de falsa realidade, inclusive a cidade não passa de um cenário. A vida dele é televisionada 24 horas por dia e ele é o primeiro homem que, há 30 anos, tem sua vida completamente controlada pelos outros. Todas suas decisões, seus interesses amorosos e suas relações familiares foram praticamente “impostas” pelo diretor do programa. O grande problema é que ele não pode sair da cidade (afinal isso significaria o fim do programa) e toda a produção se esforça para mantê-lo lá, como um prisioneiro. Desde traumas com a água (criados por cenas chocantes em sua infância) até doenças de sua mãe, tudo é inventado e colocado perfeitamente em sincronia para que Truman nunca pense em abandonar sua vida. E o filme começa justamente no momento em que ele passa a desconfiar que sua vida não é real. E você que pensava que sua vida  era uma merda...Filmaço!!!

Resenhas: CD´s

CONDEMNED 84 - Essa é sem dúvida uma das melhores bandas inglesas, começou em ’80 com o nome de Criminal Tendencies, mudou o nome para Condemned e assim que foram lançar sua demo eram oficialmente o Condemned 84. A banda é muito mal interpretada por ser conservadora e nacionalista sendo acusada de ser uma banda nazista, o que eles negam sempre.Com músicas rápidas e violentas são muito bem aceitos para quem entende de um bom som e está sempre pronto para marchar pelas ruas, é a verdadeira face da aggression.


HISTERIA OI! - Uma das primeiras bandas de OI! do Brasil,formada em ’82. Sabendo muito bem expressar a vida da classe operária brasileira,lançaram este cd em’88,com letras questionadoras e simples, um verdadeiro clássico oitentista, não tem como não recomendar o disco todo.



TUMULTO 64! - Muito orgulho patriótico,cerveja e união. Calçando as botas é um dos melhores, senão o melhor, cd skin lançado no Brasil. Furioso do começo ao fim, não dá espaço para a juventude marginalizada, os vermelhos ou a elite soberba. “Só não poderíamos deixar de expressar também o nosso repúdio a essa maldita política vermelha que em ’64 quase teve êxito em um golpe que transformaria nossa pátria em um grande cemitério.” Calce suas botas e aperte seus cadarços!

Rockabilly Girls


Para quem não conhece, o rockabilly é um dos inúmeros subgêneros do rock´n´roll. O rockabilly surgiu nos anos Estados Unidos em meados da década de 50. O ícone mais pop do rockabilly é o Elvis, mas temos vários exemplos de artistas do gênero como: Buddy Holly, Bill Halley, Jerry Lee Lewis, Gene Vincent, Eddie Cochran e por aí vai. Nos anos 80 aconteceu um revival desse estilo, e surgiu então o neo rockabilly, que nada mais é do que o rockabilly tocado nos dias atuais, como ícone principal a banda Stray Cats. E mais tarde surgiram misturas de punk rock, filmes de terror e rockabilly que deu origem ao psychobilly. Mas aí já é outro assunto.
A cena rocker hoje em dia tem ganhado bastante espaço, e se tornou mais um estilo de vida. Referências do passado mas adaptadas ao cotidiano atual. É uma cena que tem sim muita mulher, ainda mais porque tem dança, música boa e visual com toque de sensualidade. As garotas rockers apreciam bastante as pinups da década de 50. A mais famosa é a Bettie Page, com seu visual sexy, cabelos longos preto, franja curta, batom marcado e atitude fetichista. Ultimamente a moda tem se apropriado muito desse estilo que vira e mexe é tendência, e isso vai popularizando ainda mais esse estilo. Podemos ver nas ruas garotas de saias rodadas, roupas de bolinha, franja curta, topete, rabo-de-cavalo, oncinha, cerejas, óculos estilo “gatinho”, misturando com tatuagens old school, entre outras coisas.
Mas quem é rocker mesmo leva isso como estilo de vida, vive o rockabilly além de apreciar muito a época. Há festas semanais e mensais de rockabilly, encontros, baladas específicas, lanchonetes, grupos, “gangs”, etc.
Eu sempre me identifiquei muito com essa cena. Desde que me conheço por gente meu pai tem carro antigo e eu sempre fui aos encontros com ele, e conheci o rockabilly e neo rockabilly nesses encontros. Atualmente comecei uma marca de roupas chamada Bruna Pepper que se inspira muito nesse estilo de vida, além de ter influências de outras vertentes do rock como o punk também e moda. Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a marca que é feminina e masculina visitem:

Esta matéria foi feita pela colaboradora:

Bruna Pepper
Loja Endossa:  www.endossa.com
Rua Augusta, 1360 segunda à sábado das 12h às 20h (sexta e sábado até 22h) domingo das 16h às 22h
Orkut: ...Bruna Pepper...


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Entrevista: As Diabatz


O grupo é de Curitiba e tem a curiosidade de ser a primeira banda do país no gênero formada só por mulheres, em um cenário onde as músicas têm letras sexistas ressaltando o lado “machão” dos personagens. 

Baby Rebbel - Guitarra e Vocal
Killer Klaw - Baixo Acústico e Backing Vocal
Clau Sweet Zombie - Bateria e Backing Vocal

1- Como vocês começaram a banda? Vocês eram de alguma outra cena antes de formarem a banda? E por que escolheram o psychobilly?

Baby Rebbel - Eu já estava envolvida com a cena underground há anos, já tinha tocado em outras bandas, de punk rock, etc. Já conhecia psychobilly, mas não muita coisa. Quando entrei pro The Rising Scum tocando guitarra eu comecei a conhecer mais bandas e aí viciei. Uma coisa que me atraiu no Psychobilly foi à ausência de manifestações políticas. Antes eu tinha feito parte de cenas mais envolvidas e formadas por opiniões políticas.  E isso gerava uma cobrança muito chata, rótulos, etc. No Psychobilly isso não acontece. Cada um tem a sua própria visão política e sua opinião, individualmente.
Clau Sweet Zombie - Eu sempre gostei muito de música punk, e também de Rockabilly, então me encaixei muito bem no Psychobilly por isso!
Killer Klaw - Antes de conhecer o psychobilly eu curtia Black Metal, frequentava alguns shows e andava no Largo da Ordem, até que um dia uns amigos me chamaram para ir ao Psycho Carnival em 2001, eu fui e curti pra caralho! Vi a banda Holandesa Cenobites e pirei no show deles! A partir daí comecei a ir aos shows de psychobilly.

2-  Quais são as influências principais do som da banda?

Nos inspiramos bastante nas bandas psychobilly dos anos 80. Como Dypsomaniaxe, The Meteors, Cramps, Torment, The Ricochets, Demented Are Go, Guanabatz e por aí vai...

3-  Encontraram muita dificuldade na cena por ser banda formada apenas por mulheres?

Baby Rebbel - Dificuldade a gente nunca encontrou. Muito pelo contrário, isso abriu muito o caminho pra gente por ser uma coisa bem diferente. Claro, algumas pessoas já duvidaram do nosso potencial. Mas muitos desses mudaram de idéia depois de ouvir o nosso som e ver que a gente realmente se compromete com o que faz.
Clau Sweet Zombie - Na verdade as dificuldades são as mesmas que bandas de homens. É claro que rola aquele preconceito por sermos mulheres, mas isso nunca nos impediu de irmos atrás do que queríamos. E também apesar do preconceito, a gente também chama atenção pelo fato de sermos uma banda de muheres, então acho que está bem equilibrado.
Killer Klaw - Eu acho que só temos vantagens. A única dificuldade pra mim é que eu não consigo carregar o amplificador do baixo, sempre preciso da ajuda de um homem...(rs).



4-  Acho que vocês surpreenderam muitas pessoas com a qualidade do som e atitude. Como vocês vêem isso?

Nós fazemos o que gostamos, e  quando tem quem goste junto com a gente, é ainda melhor! A gente se dedicou muito pra fazer o som que a gente faz, e ver que é tão bem aceito é bem recompensador.

5-  Como funciona o processo criativo de vocês?

Geralmente uma de nós tem uma base pronta, juntamos com uma letra e trabalhamos na música com ensaios acústicos, tendo idéias juntas e sempre deixando a música aberta pra mudanças, para tentar melhorar o som cada vez mais.

6-  Como foi à experiência de tocar na Europa? Já esperavam o convite?

Foi foda! A primeira vez que fomos chamadas para tocar na Espanha em 2008, não esperávamos. Ficamos super empolgadas, pois a banda estava bem no começo, só tínhamos feito 3 shows. Foi muito legal a receptividade da galera! Com certeza uma experiência inesquecível! Ano passado, fizemos a Psycho Samba Tour com a banda Frantic Flintstones que também foi do caralho! Tocamos na Inglaterra, Bélgica, Holanda, Alemanha, Suíça, Dinamarca, Espanha, Itália e República Checa. Aprendemos muita coisa, amadurecemos no palco, conhecemos muita gente e lugares diferentes, foi muito legal!

7-  Previsão de shows em São Paulo?

Ainda não temos nada previsto. Só tocamos uma vez em SP, foi um show muito legal. Esperamos voltar logo!

8-  E para finalizar, mandem bala na divulgação:

Para quem quiser conferir um pouco mais o nosso trabalho, acesse www.myspace.com/asdiabatz
Para comprar camisetas, cd, patches e afins, e também para marcar shows, é só mandar um e-mail para asdiabatz@gmail.com

Essa entrevista foi feita pela colaboradora:
Bruna M. Spinelli - Estilista e Consultora de Moda
(11) 9432-0101
(11) 2673-3096

HATED GIRLS - APRESENTAÇÃO.


Hated Girls Zine surgiu da idéia de algumas minas de se unirem deixando a individualidade política de lado e exaltando o lado rueiro e cultural das cenas, dando prioridade a cena Skinhead! De inicio era para ser um fanzine impresso, porém decidimos montar um blog, pois acreditamos que isso facilitará e muito o acesso ao material. Pois o impresso fica meio que restrito.
Outra coisa legal no webzine é que quem acessá-lo poderá ler o material e fazer comentários sobre as matérias, dando sugestões, criticando, etc. Aqui vamos falar de música, livros, filmes, bandas, entrevistas com Skingirls de outros países, artes marciais, etc. Também teremos colaboradoras que vão falar sobre sua cena (Rocker, Psycho, HC...). Minas de vários estados e de outros países estão nessa junção, chamada "Hated Girls Brasil", feita para valorizar e divulgar a mulherada que faz parte dos movimentos de rua.
Este não é um zine feminista, mas é feito só por mulheres sim !
Aqui vamos dar ênfase a cena feminina em várias vertentes não só a Skinhead, nosso foco é unir minas que realmente tem comprometimento, voz ativa e espaço próprio dentro da cena da qual fazem parte.
Não somos fascistas, racistas e muito menos nazistas, portanto se informe antes de julgar!

Leiam, comentem e DIVULGUEM!!

KEEP THE FAITH SKINGIRLS.


VIDA LONGA!!