quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Entrevista: As Diabatz


O grupo é de Curitiba e tem a curiosidade de ser a primeira banda do país no gênero formada só por mulheres, em um cenário onde as músicas têm letras sexistas ressaltando o lado “machão” dos personagens. 

Baby Rebbel - Guitarra e Vocal
Killer Klaw - Baixo Acústico e Backing Vocal
Clau Sweet Zombie - Bateria e Backing Vocal

1- Como vocês começaram a banda? Vocês eram de alguma outra cena antes de formarem a banda? E por que escolheram o psychobilly?

Baby Rebbel - Eu já estava envolvida com a cena underground há anos, já tinha tocado em outras bandas, de punk rock, etc. Já conhecia psychobilly, mas não muita coisa. Quando entrei pro The Rising Scum tocando guitarra eu comecei a conhecer mais bandas e aí viciei. Uma coisa que me atraiu no Psychobilly foi à ausência de manifestações políticas. Antes eu tinha feito parte de cenas mais envolvidas e formadas por opiniões políticas.  E isso gerava uma cobrança muito chata, rótulos, etc. No Psychobilly isso não acontece. Cada um tem a sua própria visão política e sua opinião, individualmente.
Clau Sweet Zombie - Eu sempre gostei muito de música punk, e também de Rockabilly, então me encaixei muito bem no Psychobilly por isso!
Killer Klaw - Antes de conhecer o psychobilly eu curtia Black Metal, frequentava alguns shows e andava no Largo da Ordem, até que um dia uns amigos me chamaram para ir ao Psycho Carnival em 2001, eu fui e curti pra caralho! Vi a banda Holandesa Cenobites e pirei no show deles! A partir daí comecei a ir aos shows de psychobilly.

2-  Quais são as influências principais do som da banda?

Nos inspiramos bastante nas bandas psychobilly dos anos 80. Como Dypsomaniaxe, The Meteors, Cramps, Torment, The Ricochets, Demented Are Go, Guanabatz e por aí vai...

3-  Encontraram muita dificuldade na cena por ser banda formada apenas por mulheres?

Baby Rebbel - Dificuldade a gente nunca encontrou. Muito pelo contrário, isso abriu muito o caminho pra gente por ser uma coisa bem diferente. Claro, algumas pessoas já duvidaram do nosso potencial. Mas muitos desses mudaram de idéia depois de ouvir o nosso som e ver que a gente realmente se compromete com o que faz.
Clau Sweet Zombie - Na verdade as dificuldades são as mesmas que bandas de homens. É claro que rola aquele preconceito por sermos mulheres, mas isso nunca nos impediu de irmos atrás do que queríamos. E também apesar do preconceito, a gente também chama atenção pelo fato de sermos uma banda de muheres, então acho que está bem equilibrado.
Killer Klaw - Eu acho que só temos vantagens. A única dificuldade pra mim é que eu não consigo carregar o amplificador do baixo, sempre preciso da ajuda de um homem...(rs).



4-  Acho que vocês surpreenderam muitas pessoas com a qualidade do som e atitude. Como vocês vêem isso?

Nós fazemos o que gostamos, e  quando tem quem goste junto com a gente, é ainda melhor! A gente se dedicou muito pra fazer o som que a gente faz, e ver que é tão bem aceito é bem recompensador.

5-  Como funciona o processo criativo de vocês?

Geralmente uma de nós tem uma base pronta, juntamos com uma letra e trabalhamos na música com ensaios acústicos, tendo idéias juntas e sempre deixando a música aberta pra mudanças, para tentar melhorar o som cada vez mais.

6-  Como foi à experiência de tocar na Europa? Já esperavam o convite?

Foi foda! A primeira vez que fomos chamadas para tocar na Espanha em 2008, não esperávamos. Ficamos super empolgadas, pois a banda estava bem no começo, só tínhamos feito 3 shows. Foi muito legal a receptividade da galera! Com certeza uma experiência inesquecível! Ano passado, fizemos a Psycho Samba Tour com a banda Frantic Flintstones que também foi do caralho! Tocamos na Inglaterra, Bélgica, Holanda, Alemanha, Suíça, Dinamarca, Espanha, Itália e República Checa. Aprendemos muita coisa, amadurecemos no palco, conhecemos muita gente e lugares diferentes, foi muito legal!

7-  Previsão de shows em São Paulo?

Ainda não temos nada previsto. Só tocamos uma vez em SP, foi um show muito legal. Esperamos voltar logo!

8-  E para finalizar, mandem bala na divulgação:

Para quem quiser conferir um pouco mais o nosso trabalho, acesse www.myspace.com/asdiabatz
Para comprar camisetas, cd, patches e afins, e também para marcar shows, é só mandar um e-mail para asdiabatz@gmail.com

Essa entrevista foi feita pela colaboradora:
Bruna M. Spinelli - Estilista e Consultora de Moda
(11) 9432-0101
(11) 2673-3096

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